Fotos

(RE) Existir, refletir, realizar, reinventar-se.


Em tempos de cultura de ódio, intolerância e desrespeito, a arte faz-se necessária, principalmente ao jogar luz sobre o seu papel de potencializar debates e promover rupturas. A máxima Rodriguiana de que “Toda Nudez será castigada” pode e deve ser questionada, uma vez que a arte deve enxergar o corpo nu muito além do sexo e da erotização. Corpo nu é espaço de existência, resistência e de poesia – e é necessário, acima de tudo, existir. Existimos apenas em nossa essência. Em nosso corpo nu. Buscando questionar os diversos papéis da nudez na arte contemporânea, a fotógrafa Sandra Lopes traz imagens de corpos em diferentes situações, sempre de forma abstrata, poética e fragmentada. Trabalhando com o universo do nú artistico desde os anos 2000, tendo inclusive exposto na Galeria Café no Rio de Janeiro, a fotógrafa brinca com fragmentos de luz, fazendo uma colcha de retalhos que nos instiga a repensar o papel do corpo dentro da fotografia.


Sandra Lopes, fotógrafa profissional há mais de vinte anos, tendo morado boa parte da adolescência e juventude em outros países como Estados Unidos e Suíça, e iniciado seus estudos fotográficos por lá, estabeleceu carreira no Rio de Janeiro onde montou estúdio em Copacabana e trabalhou como freelancer para revistas famosas: Quem, Caras, Casa & Jardim entre outras. Desde os anos 2000 desenvolve um trabalho autoral de nu artístico onde os corpos masculinos viram formas, texturas, desenhos abstratos e fragmentos de luz. Esse trabalho já foi exposto no Galeria Café em Ipanema na cidade do Rio de Janeiro, tendo 11 fotografias vendidas para colecionadores. Atualmente mora em Campinas, cidade que a acolheu desde 2009, onde tem estúdio fotográfico dando continuidade ao seu trabalho autoral voltado para natureza, moda e retrato e, também leciona fotografia passando seus conhecimentos adiante.